Escrito por: CUT-RS
A CUT-RS vem a público prestar todo apoio e solidariedade à greve dos servidores e servidoras da Prefeitura de Porto Alegre. Eles estão de braços cruzados porque estão lutando por seus direitos e pela valorização do serviço público — que é essencial pra vida da população.
Essa paralisação é mais do que justa. É uma resposta à piora nas condições de trabalho e ao abandono do serviço público, que vem desde o governo Marchezan (PSDB) e continua no atual governo de Sebastião Melo (MDB), que já está há mais de quatro anos na prefeitura.
Enquanto isso, o prefeito Sebastião Melo deu um jeitinho de aumentar em *63% o próprio salário* no começo deste ano. Ele passou a ganhar R$ 34,9 mil por mês — o quarto maior salário entre os prefeitos das capitais brasileiras. E os servidores, que fazem a cidade funcionar todos os dias? Estão com salários defasados, perdendo poder de compra e enfrentando péssimas condições de trabalho.
Segundo o DIEESE, os salários do funcionalismo municipal precisariam de um reajuste de *31,67% só pra repor a inflação. Mas desde 2016, os trabalhadores e trabalhadoras vêm sendo prejudicados, com a prefeitura ignorando a lei que garante esse reajuste anual. Se nada mudar, até janeiro de 2025 os servidores vão ter acumulado **33,4% de perdas salariais*.
Isso é, na prática, *um confisco do salário* desses trabalhadores. E essa situação pesa no bolso da classe trabalhadora, afeta a vida das famílias e enfraquece os serviços que chegam à população.
Além disso, os locais de trabalho estão cada vez piores: faltam materiais, estrutura, gente pra trabalhar… O serviço público está sendo desmontado diante dos nossos olhos, e a prefeitura faz de conta que não é com ela.
A CUT-RS repudia essa postura do governo municipal e segue firme na defesa dos servidores, dos serviços públicos e dos direitos da classe trabalhadora. Essa greve não é só dos servidores da prefeitura: é uma luta de todo mundo que acredita num serviço público forte, gratuito e de qualidade pra toda a população.