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Após uma fase de perdas, o setor calçadista do RS retoma com aumento de vagas

RS lidera a geração de vagas na indústria calçadista, com 523 postos criados em janeiro deste ano.

Publicado: 10 Março, 2025 - 15h52 | Última modificação: 10 Março, 2025 - 17h14

Escrito por: Cecília Petrocelli

Reprodução
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Setor de calçados do RS, que já fez demissões em massa, busca trabalhadores com carro de som nas ruas. O aumento no consumo dentro do Brasil e nas exportações reaqueceu as fábricas. De acordo com o Dieese, dos 81 mil empregos diretos nas indústrias calçadistas, em janeiro deste ano foram criados 523 novos postos de trabalho no estado.

O diretor do Dieese, Ricardo Franzoi, explicou à CUT-RS, que esse crescimento da indústria calçadista está diretamente ligado ao aumento do poder de consumo da população. O mercado interno brasileiro demanda 85% da produção de calçados, aliado a fatores como baixa inflação e aumento da renda, do número de pessoas empregadas, o resultado é um poder de compra maior de bens de consumo. 

“Esse crescimento da demanda doméstica por calçado, que acabou impulsionando o setor já em 2024, a produção cresceu 3,5% em comparação a 2023, se produziu em 2024 900 milhões de pares de calçados, sendo que desse total, aproximadamente 100 milhões foram destinados à exportação.” explica Franzoi.

O resultado direto disso é o aumento na demanda por trabalhadores nas indústrias. Com a concorrência entre as empresas, o momento abre uma janela de oportunidade para a valorização da categoria. 

Para o Sindicato dos Sapateiros de Sapiranga e Região, o momento é de mobilização da base com o sindicato patronal para estudar novas formas de valorizar o trabalhador. “Estamos estudando uma forma de valorizar a mão de obra do trabalhador, com salário mais altos e benefícios, já que com a concorrência, muitas empresas estão oferecendo cestas básicas e salários mais altos para segurar os trabalhadores.” explica o presidente do Sindicato, Juliano Cavaleiro Neto.