Escrito por: Matheus Piccini
Com 136 toneladas de proteínas distribuídas e novas parcerias firmadas, a central enfrenta desafios como sustentabilidade financeira e busca ampliar o impacto em 2025.
Nesta quarta-feira (27), o auditório da CUT-RS foi palco da primeira reunião oficial do comitê gestor da Central de Abastecimento das Cozinhas Solidárias (CECOSOL). Com a recente obtenção do registro de CNPJ, a entidade reuniu as organizações que a compõem para deliberar sobre temas fundamentais e fazer um balanço dos primeiros quatro meses de atuação.
De acordo com Leonardo Rodrigues, presidente da CECOSOL, o encontro foi essencial para discutir as iniciativas realizadas, as dificuldades enfrentadas e os planos futuros. “Fizemos um balanço sobre o que foram esses quatro meses: distribuição de alimentos, atividades realizadas, parcerias firmadas e também os problemas identificados, como a sustentabilidade financeira da central e a necessidade de mais recursos humanos”, explicou.
A reunião também foi marcada pela criação de setoriais internas para melhorar a organização e qualificar o trabalho realizado. As áreas de comunicação, projetos e finanças foram estruturadas para dividir tarefas e aumentar a eficiência da central. Além disso, foi discutido o recadastramento das cozinhas beneficiárias realizado no último mês, com o objetivo de alinhar as capacidades da CECOSOL e os próximos passos na luta contra a fome.
Avanços e conquistas
Nos últimos quatro meses, a CECOSOL distribuiu 136 toneladas de proteínas por meio de convênios com a Seara, JBS e BRF, além de articulações realizadas com o movimento “A Fome Tem Pressa”. Outro destaque foi a instalação de um parque de energia solar na sede da CECOSOL, localizada no Sindicato dos Aeroviários, garantindo mais sustentabilidade ao projeto.
No campo da visibilidade, a central participou de eventos de destaque como o G20 Social e o grande expediente de homenagem às cozinhas solidárias na Assembleia Legislativa. Essas ações reforçam a relevância do trabalho desenvolvido e a necessidade de uma gestão responsável.
Desafios e futuro
Entre os principais desafios discutidos, está a sustentabilidade financeira da CECOSOL. Por tratar-se de um projeto voltado para pessoas em situação de vulnerabilidade social, que não podem contribuir diretamente, a central busca soluções coletivas para custear suas operações. Além disso, a falta de recursos humanos foi apontada como um obstáculo a ser superado.
Para 2025, a CECOSOL planeja avançar em novos projetos, aprimorar parcerias e continuar fortalecendo seu papel no combate à fome. O saldo da reunião foi considerado positivo, com a participação ativa de dez entidades: CUT-RS, UAMPA, Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos de Matriz Africana, CRIA (Conselho Regional dos Povos Indígenas), Movimento “A Fome Tem Pressa”, Comitê Popular Esperançar, MTST, MNLM, MTD e Ação da Cidadania.
“As soluções debatidas durante o encontro vão tornar nosso trabalho mais dinâmico e eficiente. Nosso compromisso é continuar lutando contra a fome e garantir que as cozinhas solidárias possam atender ainda mais pessoas em 2025”, concluiu Leonardo Rodrigues.