Escrito por: Matheus Piccini

Crescimento do emprego no RS acompanha tendência nacional de redução do desemprego

Desemprego recua para 5,1% no RS e impulsiona recuperação econômica

Marcelo Casall / Agência Brasil

O mercado de trabalho brasileiro apresentou avanços no terceiro trimestre de 2024, com destaque para a queda na taxa de desemprego em sete estados, entre eles o Rio Grande do Sul. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo IBGE na última sexta-feira (22), a desocupação no estado recuou de 5,9% no segundo trimestre para 5,1% no terceiro trimestre.

O desempenho positivo reflete um contexto mais amplo: a taxa de desemprego no Brasil caiu de 6,9% para 6,4% no mesmo período, a menor já registrada para um terceiro trimestre desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012. Essa trajetória de recuperação também é atribuída a uma economia aquecida, que superou as expectativas iniciais para o ano.

Destaque regional no RS

No Rio Grande do Sul, a redução do desemprego confirma o fortalecimento do mercado de trabalho local, impulsionado por setores como o agronegócio, a indústria e os serviços. Apesar da boa notícia, o estado registrou um aumento na taxa de informalidade em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 31,5% para 32,9%. Isso evidencia que, embora mais pessoas estejam empregadas, muitas ocupações ainda se dão fora do mercado formal.

A queda do desemprego gaúcho acompanha o movimento observado em outros estados da Região Sul, como Santa Catarina, que reduziu sua taxa de 3,2% para 2,8%. O desempenho da região reafirma seu histórico de taxas de desemprego abaixo da média nacional.

Cenário nacional e perspectivas

Outros estados também registraram quedas expressivas no desemprego, como Bahia (-1,4 ponto percentual), Rondônia (-1,2 ponto percentual) e Mato Grosso (-1 ponto percentual). No entanto, o Brasil ainda enfrenta desafios, como a alta taxa de desemprego em Pernambuco (10,5%), a maior entre as regiões analisadas.

Analistas indicam que o mercado de trabalho deve continuar avançando até o fim do ano, com o período de festas impulsionando contratações temporárias no comércio e serviços. Há projeções de que a taxa nacional possa atingir níveis históricos de baixa, ficando abaixo de 6,3% até o final de 2024. Contudo, o crescimento da demanda por bens e serviços pode pressionar a inflação, exigindo equilíbrio entre expansão econômica e controle de preços.

No contexto do Rio Grande do Sul, os números positivos mostram que, mesmo diante de desafios, o estado se posiciona como uma das economias regionais mais resilientes do país, contribuindo significativamente para o desempenho do mercado de trabalho brasileiro.

 

*Com informações de JC e Agência Brasil