CUT-RS: Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher

No Dia Nacional de Combate à Violência contra a Mulher, a CUT-RS reafirma seu compromisso com a segurança das mulheres trabalhadores e contra a violência de gênero.

Em 2025 a Lei Maria da Penha completou 19 anos, um marco histórico na luta contra a violência de gênero, mas os índices de violência ainda são alarmantes. No RS, por exemplo, entre janeiro e junho de 2025, o estado registrou 36 feminicídios, contra 30 no mesmo período de 2024 — um aumento de 20%. Já as tentativas de feminicídio subiram 16,5%, passando de 115 para 134 casos.

“São muitas de nós que são agredidas e mortas esses dias e a nós resta a luta e a resistência para que isso um dia chegue ao fim. Nós como Central Única das Trabalhadoras e Trabalhadores não podemos deixar passar um dia como esse, porque nós vamos seguir em marcha até que todas sejamos livres.” afirma a Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RS, Suzana Lauermann.

O dia 10 de outubro de 1980 foi marcado por um movimento que começou em São Paulo, quando mulheres reuniram-se nas escadarias do Teatro Municipal para protestar contra o aumento dos crimes de gênero em todo o país. A partir daí, a data faz parte do calendário das celebrações femininas no Brasil.

Devido à coragem dessas manifestantes, em 2006 foi sancionada a Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. A legislação é conhecida por 98% da população brasileira e, por causa dela, foi estruturada a rede de atendimento especializada para as mulheres vítimas de violência.

“É mais uma data para reafirmar a importância dessa luta e dessa resistência. Todos esses dias em que paramos para refletir sobre isso são de fundamental importância. Precisamos de políticas públicas que nos protejam, que defendam a vida das mulheres.” explica Suzana.