Parceria internacional tem foco na defesa da agricultura familiar, da soberania alimentar e dos direitos dos trabalhadores
O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, destacou nesta semana o avanço das articulações com a FLAI-CGIL (Federazione Lavoratori Agro Industria), federação italiana filiada à central CGIL, que representa trabalhadores e trabalhadoras do setor agroindustrial e da alimentação. O encontro reforçou a integração entre o projeto CUT com a Comunidade e as ações desenvolvidas pela entidade na Itália, com foco na valorização do trabalho, na soberania alimentar e na solidariedade internacional.
“Estamos estreitando parcerias com o projeto CUT com a comunidade, com o sindicato de estrada que eles instituíram aqui, que faz a relação com os migrantes, trabalhadores e trabalhadoras empregados tanto na agricultura quanto nas indústrias”, explicou Amarildo. Segundo ele, o diálogo também envolve a agricultura familiar, orgânica e as cozinhas solidárias, temas centrais na agenda da CUT-RS.
Como resultado da reunião, está prevista uma visita da delegação italiana em março de 2026, para fortalecer a troca de experiências e alinhar ações conjuntas. Já em junho de 2026, está previsto a ida de uma delegação do Rio Grande do Sul para conhecer de perto as iniciativas FLAI-CGIL e das organizações parceiras no campo da alimentação e da agricultura familiar.
“Estamos no bom caminho de parceria, financiamento e trocas de experiências, valendo muito a pena, já que muitas práticas nessas áreas hoje são internacionalizadas”, destacou o presidente da CUT-RS.
Amarildo ressaltou ainda que o diálogo com a FLAI-CGIL é estratégico diante da presença crescente de trabalhadores migrantes, das formas precárias de contratação e da terceirização no setor. “Essa aproximação vai ser muito importante para nós”, afirmou.
Com o fortalecimento das parcerias internacionais, a CUT-RS reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos trabalhistas, a soberania alimentar e a construção de uma economia solidária e sustentável, baseada na cooperação entre sindicatos, movimentos populares e organizações da agricultura familiar.