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CUT-RS intensifica luta contra a escala 6x1 em assembleia no centro de Porto Alegre

Assembleia reuniu trabalhadores, Centrais, sindicatos e movimentos sociais na luta contra a escala 6x1 na Usina do Gasômetro

Publicado: 25 Novembro, 2024 - 13h12 | Última modificação: 25 Novembro, 2024 - 13h28

Escrito por: Matheus Piccini

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Na tarde deste domingo (24), trabalhadores e movimentos sociais se reuniram na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, para participar de uma assembleia, que debateu estratégias contra a escala de trabalho 6x1. Após o encontro, os participantes realizaram uma caminhada até o supermercado Zaffari da Rua dos Andradas, onde protestaram pelo fim da jornada considerada exaustiva e desumana.

Durante a assembleia, Antônio Güntzel, secretário de administração e finanças da CUT-RS, ressaltou a necessidade de revisar as condições de trabalho impostas pela escala 6x1. Para ele, é essencial promover a redução da jornada, garantindo mais dignidade e qualidade de vida aos trabalhadores.

“Defendemos a redução da jornada de trabalho. Setores de trabalhadores da CUT-RS já têm jornadas 5x2, e precisamos discutir como implementar isso em outros setores, sempre atentos às armadilhas como o Banco de Horas, que muitas vezes beneficia apenas os patrões”, afirmou Güntzel. Ele destacou ainda que a CUT-RS está comprometida em ampliar o debate dentro de sindicatos e instituições, buscando avanços concretos para a classe trabalhadora.

Mobilização nacional e resistência

Marcelo Carlini, dirigente da CUT, destacou que a mobilização contra a escala 6x1 já gerou resultados significativos, como a apresentação de um projeto de lei que propõe a redução da jornada. Ele também denunciou as campanhas contrárias promovidas por entidades patronais e setores conservadores.

“A pressão inicial contra a 6x1 foi fundamental para protocolar o projeto de redução da jornada. Isso incomodou setores poderosos, como a CNI, que investiram em campanhas contra a proposta. Mas a verdade é que a maioria dos trabalhadores não suporta mais essa jornada exaustiva”, explicou Carlini.

Para ele, a luta pela redução da jornada também é uma forma de fortalecer a democracia e mobilizar a classe trabalhadora. “Defendemos reivindicações como esta porque elas dialogam diretamente com os interesses dos trabalhadores. É assim que construímos força e resistência”, completou.

O protesto e debates deste domingo reforçam a urgência de mudanças nas condições de trabalho no Brasil. O modelo 6x1, em que população trabalha seis dias consecutivos para ter apenas um de descanso, tem sido criticado por impor uma rotina desgastante, prejudicando a saúde e a vida pessoal dos trabalhadores.

A CUT-RS promete seguir mobilizada, pressionando por avanços que tornem o trabalho mais justo. “Os trabalhadores precisam ter mais tempo para viver uma vida digna e mais humana”, concluiu Güntzel.

A caminhada e o protesto no centro de Porto Alegre marcaram mais um capítulo da luta pela redução da jornada, demonstrando que a união dos trabalhadores é essencial na defesa do trabalho decente.