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Dia Internacional da Mulher Negra comemora a luta e força

Data celebra a luta contra o racismo

Publicado: 25 Julho, 2025 - 13h23 | Última modificação: 25 Julho, 2025 - 13h29

Escrito por: Cecília Petrocelli/CUT-RS

Reprodução
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Neste 25 de julho a CUT-RS celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, que foi instituída em 1992 durante o 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, na República Dominicana. No Brasil, a data homenageia Tereza de Benguela, líder quilombola que se tornou símbolo da resistência negra. 

O dia é o ápice do Julho das Pretas, um mês inteiro dedicado à visibilidade, debate e à luta das mulheres negras contra o racismo estrutural, o sexismo e as desigualdades de gênero. 

No  Brasil, o governo Dilma foi instituída no Dia da Mulher Latino-Americana e Caribenha e também uma homenagem à Tereza de Benguela. Tereza foi uma grande mulher que libertou milhares de escravizados e lutou até o fim por essa conquista.

“Nós mulheres negras comemoramos essa vitória, essa conquista que uniu as mulheres negras aqui no Rio Grande do Sul, tanto que nós há alguns anos já fazemos a marcha, a comemoração.” explica Isis Garcia, Secretária de Combate ao Racismo da CUT-RS.

Nesta sexta-feira (25), também acontece a Marcha das Mulheres Negras, em frente ao Estádio do Gigantinho, às 17h, com uma caminhada até a escola Imperadores do Samba, em Porto Alegre.“Será um momento muito significativo para toda a sociedade, porque nós, mulheres negras que atuam em vários espaços, estaremos lá representando esse dia tão importante para nós” explica Isis, que deixa um convite para a Marcha.

 

Por que o dia da mulher negra importa?

As mulheres negras são 66% das vítimas de feminicídio no Brasil, segundo dados do Atlas da Violência (2023). A data não é apenas uma celebração, mas reforça que a luta antirracista e feminista precisa ser diária, coletiva e incansável.

No mercado de trabalho, as mulheres negras são as mais afetadas, pois predominam nos empregos informais, no desemprego e recebem os menores salários.

Dados da PNAD Contínua (IBGE) do 4º trimestre de 2023 mostram que 41% das mulheres em trabalhos informais são negras, contra 31% de não negras. Além disso, 67% das trabalhadoras domésticas, categoria onde mulheres representam 91% da força de trabalho, são negras.

Com informações de CUT Brasil.