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Cpers aprova paralisação nacional no dia 23 de abril em assembleia

Convocada pelo Cpers Sindicato, primeira assembleia do ano definiu uma série de ações para os próximos meses

Publicado: 16 Abril, 2025 - 14h24 | Última modificação: 16 Abril, 2025 - 15h50

Escrito por: BdF/RS | Editado por: CUT-RS

Divulgação/Cpers Sindicato
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A primeira Assembleia Geral de Mobilização de 2025 do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) definiu uma série de ações para os próximos meses. Entre as principais decisões estão a adesão à paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (Cnte) para o dia 23 de abril, a realização de um ato público em 16 de maio em conjunto com a Frente dos Servidores Públicos Estaduais e o lançamento da campanha “Mais Educação Pública, Menos Burocratização”, voltada ao enfrentamento do assédio moral e da sobrecarga de tarefas administrativas nas escolas.

O encontro reuniu milhares de professores e funcionários de escola da ativa e aposentados na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre, na última sexta-feira (11). As discussões giraram em torno de pautas como a implementação do Piso Salarial Profissional Nacional para os funcionários de escola, o fim dos descontos da penosidade e da contribuição previdenciária para aposentados, além da exigência por melhorias no IPE Saúde e críticas às Parcerias Público-Privadas (PPPs) no setor educacional.

Cpers SindicatoCpers Sindicato

A presidenta do Cpers, Rosane Zan, destacou a necessidade de unidade da categoria diante do cenário de desvalorização profissional e de ataques à educação pública. “Queremos, sim, a revisão geral de salários de 12,14% e, para isso, precisamos estar unidos”, afirmou, em referência à defasagem salarial acumulada. Em sua fala, ela também ressaltou a importância de mobilizar educadores da ativa e aposentados. “Ser educador na rede estadual era luxo, agora não mais.”

Mais Educação Pública, Menos Burocratização

A campanha “Mais Educação Pública, Menos Burocratização” foi uma das propostas que mais mobilizou os presentes, refletindo a insatisfação com o excesso de relatórios, planilhas e outras demandas burocráticas que, segundo relatos, prejudicam o trabalho pedagógico e contribuem para casos de assédio moral.

Segundo a presidenta do sindicato, as decisões tomadas na assembleia refletem a preocupação dos educadores e das educadoras com a qualidade da educação pública e com as condições de trabalho nas escolas estaduais. “A categoria segue mobilizada na busca por avanços que beneficiem tanto os profissionais da educação quanto os estudantes gaúchos”, afirma.​

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A assembleia ocorreu num contexto em que o governo de Eduardo Leite (PSDB) tem sido criticado por entidades sindicais por priorizar medidas de contenção de gastos que, segundo elas, impactam diretamente os serviços públicos. De acordo com o sindicato, o Executivo gaúcho ainda não apresentou uma proposta concreta de reposição salarial para o funcionalismo em 2025, o que tem aumentado a pressão de diferentes categorias.

Divulgação/CPERSDivulgação/CPERS