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Entregadores do IFood fazem ato cobrando diálogo com a plataforma por mais melhorias

Publicado: 22 Novembro, 2024 - 16h45

Escrito por: CUT-RS

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Os entregadores que trabalham com a plataforma, de motocicleta e bicicleta, se reuniram em frente ao Hub do Ifood, ao lado do Shopping Praia de Belas, na manhã desta sexta-feira (22) em Porto Alegre. Promoções seletivas, pagamentos baixos, bloqueios abusivos na plataforma e falta de diálogo com os trabalhadores foram as principais reivindicações feitas durante o ato.

Organizado de forma independente, os entregadores mobilizados não fazem parte de nenhum sindicato, mas destacam que o apoio é bem vindo. Para Matheus, entregador da plataforma e um dos organizadores do ato, o principal objetivo é conseguir um diálogo direto entre o IFood e os trabalhadores. “Para que a gente consiga melhorar diversos erros na logística da plataforma, no algoritmo.”

Mesmo afirmando o interesse em manter um diálogo aberto de negociação com os trabalhadores da plataforma. Para os entregadores não há transparência e diálogo com a plataforma. “A gente pode afirmar com todas as palavras que é mentira, a gente nunca teve diálogo. O Ifood precisa sim ouvir o trabalhador, somos nós que sabemos o que a gente passa todo dia, 10h, 12h e até 14 horas em cima de uma moto ou uma bicicleta, não é justo que a gente dependa de alguém para falar por nós.” apontou Matheus. 

O ato desta sexta (22) já é a segunda mobilização feita pelos entregadores. Uma das pautas reivindicadas é a promoção por zona, em que o entregador recebe metade do valor cobrado na entrega, porém, essa promoção estava acontecendo somente na Zona Norte da Capital, prejudicando os entregadores que trabalham na Zona Sul. Além disso, os entregadores enfrentam outras situações de descaso, como os restaurantes e lancherias que se recusam a oferecer água e acesso gratuito ao banheiro dos estabelecimentos

Os entregadores também destacaram uma situação suspeita que aconteceu na última segunda (18), as contas no aplicativo dos 7 membros organizadores do ato foram bloqueadas sem aviso prévio pela plataforma. Impossibilitando que os entregadores trabalhassem. “Ele tomou as nossas contas, a gente não teve mais acesso. Desses 7, 3 entregadores ainda estão sem trabalhar.” contou Matheus.

A CUT-RS estive presente no ato prestando apoio à luta dos entregadores.