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Ginásio Bigornão é o lar para centenas de pessoas desalojadas por conta da enchente em São Leopoldo há um mês

Publicado: 06 Junho, 2024 - 11h05

Escrito por: CUT-RS

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A tragédia das chuvas intensas que devastou regiões inteiras do nosso estado impactou a vida da grande maioria das pessoas. E mais ainda daqueles que foram atingidos diretamente pelas enchentes e inundações e tiveram que se alojar nos abrigos. O ginásio Bigornão do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) começou a receber os desabrigados na tarde de 3 de maio e hoje (3), um mês depois ainda há pessoas alojadas no local.

O abrigo chegou a ter 800 pessoas e desde o começo, todo o esforço da entidade está em promover o melhor espaço possível para essas pessoas e minimizar os danos e sofrimentos das famílias afetadas. Por isso, o Sindicato conversou com três pessoas que ficaram abrigadas na entidade.

O metalúrgico aposentado Jocelei João Calisto chegou ao Bigornão no sábado (4) e afirma que foi muito bem assistido e atendido. “Foi muita gente. Só da minha família, estavam eu e mais cinco pessoas. Apesar de tudo, só tenho que agradecer o que foi feito. Estávamos muito bem assistidos”, garantiu ele que é morador da Vila Maria, no bairro Vicentina e já voltou para a casa.

A também moradora da Vicentina, Letícia Borges tem 38 anos e está com 16 familiares no abrigo. “É toda a família. Moro bem próximo de onde estourou o dique e perdemos tudo. Em menos de duas horas, vimos a nossa casa ser tomada pela água até o telhado, entramos em desespero”, relatou Letícia.

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Ela e os familiares foram socorridos na avenida João Correa. “Os voluntários estavam com os barcos a motor, pegando as pessoas para trazer aos abrigos e foi assim que chegamos aqui no Bigornão, na madrugada de sexta para sábado, quando começou a enchente”, disse.

Aos 61 anos, Elaine Beatriz da Silva de Oliveira foi uma das primeiras a chegar no Bigornão com o seu cachorro Salgadinho e espera voltar para a casa nos próximos dias. “Fui uma das primeiras a chegar aqui e fui muito bem atendida pelos médicos e assistentes sociais, o pessoal foi muito atencioso”, declarou Elaine.

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Atualmente, há cerca de 270 pessoas nas dependências do Bigornão e dezenas de pets, entre cachorros e gatos, alocados na área de lazer. O STIMMMESL agradece a todos os voluntário e parceiros que ajudaram com mão de obra ou doações. Só assim foi possível atender a todos. O Sindicato também se solidariza com todas e todos atingidos por essa tragédia.

 

Fonte: STIMMMESL

Fotos: Divulgação