Governo autoriza reajuste de até 5,06% nos preços dos medicamentos

A partir desta segunda-feira (31), os preços dos medicamentos podem sofrer um reajuste de até 5,06%, conforme autorizado pelo governo federal. O aumento foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (CMED) e publicado no Diário Oficial da União (DOU). Em 2024, o teto de reajuste foi de 4,5%.

Como é calculado o reajuste?

O percentual máximo permitido leva em conta diversos fatores, como: a inflação dos últimos 12 meses (IPCA); a produtividade da indústria farmacêutica; custos não captados pela inflação, como variação cambial e tarifas de energia elétrica; concorrência entre os medicamentos disponíveis no mercado.

Faixas de reajuste

O aumento máximo permitido segue três faixas, conforme a classe terapêutica e o nível de concorrência dos medicamentos:

Nível 1 – 5,06% Nível 2 – 3,83% Nível 3 – 2,60%

De acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), o reajuste médio ponderado será de 3,48%, o menor dos últimos sete anos. O setor alega que isso pode impactar negativamente os investimentos da indústria farmacêutica em pesquisa, desenvolvimento e modernização.

O que esperar dos preços?

Embora autorizado, o reajuste não é automático nem imediato. O setor argumenta que a concorrência entre as empresas pode ajudar a conter os aumentos, já que o mesmo princípio ativo é comercializado por diferentes fabricantes e redes de farmácias.

Em 2024, segundo a Anvisa, os medicamentos sujeitos à maior concorrência (Nível 1) tiveram, em média, desconto de 59,91% pelos fabricantes.

Confira a lista com os novos tetos de preços dos medicamentos AQUI.

Fonte: IstoÉ e Agência Brasil