Escrito por: CUT-RS
O Livro “50 anos do Golpe de 1964” foi lançado na segunda-feira, dia 10, na 60ª Feira do Livro de Porto Alegre. A obra é resultado da Oficina Literária promovida pelo Sindicato dos Bancários e reúne contos de 14 autores sobre o tema. “Durante um ano debatemos o tema, recebemos para entrevistas personagens que viveram esta história, como o jornalista Flávio Tavares, assistimos filmes e pesquisamos o assunto. O resultado são os contos contidos neste livro”, comemorou o instrutor da oficina, escritor Alcy Chauiche. Já o presidente do Sindicato dos Bancários de POA, Everton de Morais Gimenis, destacou a importância da Oficina, que está na sua sétima edição. “Esta é uma iniciativa que demonstra que o trabalho dos sindicatos pode ir além das lutas pelos direitos da categoria e se estender a outros espaços e questões”, disse ele, lembrando que as oficinas não são apenas para bancários, mas estão abertas a outras categorias e interessados e já abordaram temas como saúde do trabalhador, o movimento da legalidade, entre outros. Ele antecipou, ainda, que o tema da próxima oficina deverá tratar do papel da imprensa na história do Brasil.A deputada Maria do Rosário, no ato de lançamento falando como representando a Comissão da Verdade, destacou a importância do tema. “Iniciativas como esta devem reproduzir no país uma reflexão sobre que país queremos”. Para ela, a luta iniciada com a Comissão da Verdade, de buscar os responsáveis pelas torturas, mortes e desaparecimentos da ditadura militar, está apenas o começo. “Essa luta precisa ser reforçada e não terá fim com o relatório da Comissão da Verdade, que será apresentado no próximo dia 10 de dezembro, data mundial dos Diretos Humanos”, informou ela.Se referindo aos recentes movimentos que pedem a volta dos militares, a Ministra comentou que eles “desmerecem a memória de quem lutou para nos trazer até aqui” e lembrou que a verdade só será resgatada quando os torturadores forem punidos, como tem sido feito em outros países da América Latina. Referindo-se ao caso do deputado morto nos porões da ditadura, Rubens Beyrodt Paiva, e a obra “Feliz Ano Velho”, de seu filho, Marcelo Rubens Paiva, comentou: “talvez não chegue o ano novo enquanto não cumprirmos todas as nossas obrigações”.O livro tem textos em português e espanholAssessoria de Comunicação11/11/2014 11:23:03