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MST ocupa sede do Incra pelo reassentamento das famílias afetadas pela enchente

Protesto integra movimento nacional pela reforma agrária e o reassentamento das famílias que perderam a casa durante a enchente. Ocupação aconteceu na manhã desta quarta-feira (24)

Publicado: 24 Julho, 2024 - 14h23 | Última modificação: 24 Julho, 2024 - 15h55

Escrito por: Sul21 | Editado por: CUT-RS

Isabelle Rieger/Sul21
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Por volta das 7h30 desta quarta-feira (24), militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) chegaram à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Porto Alegre (RS), trazendo colchões e barracas, como parte de uma jornada nacional pela reforma agrária.

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A organização do movimento estima que a ocupação vai reunir cerca de 1,2 mil pessoas, vindas de doze regiões do estado. “Nós vamos ficar aqui enquanto não resolver cada ponto da nossa pauta”, afirmou Salete Carolo, da direção nacional do MST no Rio Grande do Sul.

As principais reivindicações são o reassentamento de famílias atingidas pela enchente e a desburocratização do acesso a crédito para os produtores rurais. Para tanto, o MST marcou audiências com o governo do estado, com o Incra e com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. O movimento também busca diálogo com o Ministério da Agricultura e Pecuária para discutir a reestruturação da cadeia do arroz, duramente afetada pela tragédia climática. 

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O MST estima que, na Região Metropolitana de Porto Alegre, 280 moradias precisam ser reassentadas. O grupo que ocupou a sede do Incra partiu em marcha até a Secretaria de Desenvolvimento Rural, na Av. Borges de Medeiros, onde também realizou uma manifestação para expor sua pauta de reivindicações.

A ocupação do Incra em Porto Alegre é parte da Jornada Nacional por Alimento Saudável e Reforma Agrária, que começou nesta terça-feira (23) em Goiás. “Nós entendemos que a reforma agrária é uma política de estado prioritária para acabar com a fome e a miséria no país”, afirmou Salete. “Além disso, proporciona o direito à terra para que ela cumrpa sua função social, que é produzir alimentos saudáveis”.

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