Escrito por: Rita Garrido / Integrar-RS
Com foco na comunicação eficaz com a classe trabalhadora, iniciativa promovida pelo Macrossetor da Indústria da CUT-RS e o Instituto Integrar-RS, faz parte de um esforço contínuo de qualificação dos dirigentes
Aprimorar a comunicação das entidades sindicais junto à classe trabalhadora foi o foco dos estudos, debates e práticas no 2º módulo do Curso de Formação para Dirigentes Sindicais, realizado nos dias 16, 17 e 18 de outubro, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita. A iniciativa é uma parceria do Macrossetor da Indústria da CUTRS e do Instituto de Formação e Pesquisa Integrar-RS.
Participaram do encontro dirigentes sindicais da metalurgia, da alimentação, do setor de calçado e vestuário, do setor mobiliário e aeroviário, totalizando a presença de 55 dirigentes sindicais.
A qualificação teve início no mês de agosto, organizada e executada pelo Integrar-RS, que também buscou recursos, por meio de Emenda Parlamentar, e parceria junto ao Programa Manuel Querino de Qualificação Social e Profissional do Ministério do Trabalho e Emprego.
Trabalho de imersão
Ministrado pelo educador e assessor da CUT/RS, João Marcelo Santos, os três dias de formação presencial envolveram leituras, discussões e atividades práticas, buscando desenvolver habilidades comunicacionais e tratando da importância da organização coletiva nas redes digitais e no local de trabalho.
Na quarta-feira (16), a abertura do curso abordou os sentidos gerais da comunicação. Em cima das questões “o que é comunicação?”, “quando eu me comunico?” e “para que eu me comunico?”, os participantes se dividiram em grupos para buscar suas interpretações. Na sequência, entrou em cena o trabalho da expressão na comunicação, tratada em outras três questões: “quem fala?”, “Como fala?” e “com quem fala?”.
O medo de falar em público e a importância da escuta puxaram o trabalho das dinâmicas, realizadas na tarde de quarta e também na quinta-feira (17). No ginásio de esportes do Sindicato, os diretores sindicais fizeram atividades de trava língua e entonação vocal, o que rompeu a timidez de muitos dos participantes. A música, como forma de entrosamento, também foi uma ferramenta importante na formação, abrindo a dinâmica que buscou colocar em prática a coragem de cada um ao falar em público, com o microfone.
Na sexta-feira (18), terceiro e último dia de curso, os dirigentes conduziram um debate sobre temas relevantes ao movimento sindical: a representação das mulheres trabalhadoras, dos terceirizados/as e da juventude, assim como a importância da comunicação e as expectativas da classe trabalhadora sobre o trabalho dos sindicatos. Ao fim, o grupo avaliou as atividades e listou 7 ensinamentos sobre o módulo que servirão de guia no trabalho junto às entidades sindicais.
Próximos encontros
Assim como no primeiro módulo do curso, que tratou dos desafios do movimento sindical frente às transformações no campo do trabalho, a participação de dirigentes sindicais mulheres foi expressiva neste segundo encontro. Nesta linha, o 3º módulo da qualificação, previsto para o final de novembro, deverá tratar da inserção e do trabalho das mulheres no movimento sindical. Encontros virtuais entre módulos também estão previstos para as próximas semanas, visando manter ativas as trocas e a convivência entre os participantes, completando cem horas aula de formação.