MENU

Parlamentares propõem novas emendas de valorização do piso gaúcho

Publicado: 27 Novembro, 2024 - 15h29 | Última modificação: 27 Novembro, 2024 - 15h39

Escrito por: Claiton Stumpf – MTb 9747 | Editado por: CUT-RS

Reprodução
notice

O piso regional dos trabalhadores segue sendo pauta, na última terça-feira(27) a bancada do PT protocolou três emendas. A bancada está propondo reajuste 7,7%, que é a inflação do período de 1º de fevereiro de 2023 a 1º de dezembro de 2024. Pela proposta, o Piso Regional passará de R$ 1.573,89 a R$ 1.695,08, com data base a partir de 1° de maio.

A CUT-RS participou das reuniões com o Governo do RS, representantes do empresariado e outras centrais sindicais para discutir o reajuste do piso. O Projeto de Lei 357/2024, que o Poder Executivo protocolou na Assembleia Legislativa e que deve ser votado na próxima terça-feira (03/12), propõe reajuste do Piso Salarial Regional em apenas 5,25%, o que não repõe as perdas salariais desde o último reajuste em fevereiro de 2023. O que a bancada busca é repor a perda inflacionária até agora, e não somente até abril.

A outra emenda cria a Política Estadual de Valorização dos Pisos Salariais Regionais com o objetivo de promover a recuperação do poder de compra, a atualização monetária de perdas inflacionárias e o crescimento da economia sobre os valores fixados para cada faixa de remuneração pelos pisos salariais regionais, conforme os enquadramentos legais das categorias de trabalhadores abrangidos.

Essa política colocaria o reajuste do Piso Regional gaúcho em alinhamento com a política de valorização do salário mínimo nacional e dos pisos dos Estados vizinhos de Santa Catarina e Paraná, com garantias de ganho real baseado em aumento acima da inflação de acordo com o crescimento da economia do estado, tudo decidido em uma mesa com representação do governo, dos empresários e dos trabalhadores.

Para a Central, a expectativa é que a inflação seja reposta para os trabalhadores e que a data base seja mantida. “O governo insiste em dar reajustes não retroativos da data base como de costume. Além disso, a CUT-RS pleiteou e discutiu com parlamentares a possibilidade de uma política permanente para o piso, para que a cada ano a gente não precise iniciar todo um processo de discussão.” pontuou o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

Conforme o líder da bancada petista, o deputado Miguel Rossetto, em função do não reajuste de acordo com a inflação, o salário mínimo regional gaúcho tem ficado menor do que o de outros estados, e a consequência disso é que o RS tem registrado crescimento econômico inferior ao de estados vizinhos.

O presidente da Central, reforça importância da participação das entidades em defesa dos trabalhadores e da sociedade civil nesse processo. “O Conselho Estadual de Emprego e Renda do RS, onde as entidades possuem um assento, sejam escutadas e participem desse processo de definição de reajustes e não seja obra apenas do executivo, e sim um resultado de uma discussão com a sociedade.” pontua Amarildo.