Regional Vale dos Sinos pauta redução da jornada e valorização do trabalho
A campanha "A vida não tem hora extra" foi destaque durante a plenária. Valorização do trabalho e do bem estar do trabalhador pautaram a mesa de discussão.
Publicado: 24 Março, 2025 - 14h31 | Última modificação: 24 Março, 2025 - 14h49
Escrito por: Cecília Petrocelli

A Plenária Regional do Vale dos Sinos trouxe temas como a redução da jornada de trabalho e a importância da luta sindical para discussão, na última sexta (21). A CUT-RS também apresentou a campanha “A vida não tem hora extra.” durante a plenária, que aconteceu no Sindicato dos Bancários de Novo Hamburgo.
A mesa de conversa foi mediada por Ana Betim Furquim da CUT Vale dos Sinos, contou com a presença da pesquisadora do DIEESE, Lúcia Garcia, do desembargador do TRT-4, Luiz Alberto de Vargas, o superintendente do MTE, Claudir Nespolo, o Secretário Nacional da Juventude da CTB, Rodrigo Calais, a dirigente dos Sindicato dos Sapateiros, Neiva Barbosa, o presidente do Sindicato dos Bancários de NH, o presidente da Federação dos Sapateiros, João Batista e o diretor financeiro da Fetrafi-RS, Edson Ramos da Rocha.
A campanha “A vida não tem hora extra” foi um ponto de destaque durante a conversa. Apresentada pelo presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, foram apresentados os principais pontos da campanha, a redução da jornada de trabalho sem redução de salário. “Hoje se a gente reparar, existe uma grande tristeza estampada no rosto do trabalhador. Uma grande insatisfação, por que a carga de trabalho, as exigências e o salário pago não contempla. A economia cresce, o país se desenvolve, os empregos aumentam, mas os salários continuam baixos.” pontua Cenci.
Para a pesquisadora do DIEESE, é preciso compreender os impactos que o sistema capitalista impõe na jornada e na qualidade do trabalho da população. Assim como as empresas de tecnologia, as big techs, também trouxeram mudanças na relação entre o trabalho e o tempo do trabalho. Um exemplo disso é a nova esfera digital diminuindo a linha que separa o trabalho do pessoal, como exemplo o home office. “Temos trabalhadores exaustos, esgotados, conectados e disponíveis o tempo todo.” pontua a pesquisadora.
A importância da redução da jornada e a necessidade da valorização dos sindicatos foi um dos temas em comum entre todos os convidados. A terceirização do trabalho também foi pauta da mesa de discussão, o superintendente do MTE, Claudir Nespolo, colocou em perspectiva a dura realidade dos trabalhadores terceirizados que vivem na inconstância. Trabalhadores que não recebem salário, que não tem seus direitos respeitados.
O superintendente também destacou a importância da articulação e a luta política por direitos, os trabalhadores precisam lutar, os sindicatos precisam se fortalecer. Além disso, Claudir destacou a importância da campanha "A vida não tem hora extra" para sacudir e traçar um caminho para a luta por melhores condições.
Diante dessas mudanças que interferem na qualidade de vida do trabalhador fora do trabalho, é necessário articular e pleitear por melhores condições de trabalho, e a CUT-RS assume o compromisso. Ao fim da apresentação, ficou o convite aos dirigentes e representantes de entidades e sindicatos presentes para aderirem à essa campanha.