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Seminário da CUT-RS destaca luta pela redução da jornada de trabalho

Publicado: 29 Novembro, 2024 - 15h30 | Última modificação: 29 Novembro, 2024 - 15h51

Escrito por: Matheus Piccini

Matheus Piccini/CUT-RS
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Nesta sexta-feira (29), o auditório da CUT-RS sediou o seminário sobre a redução da jornada de trabalho, reunindo lideranças sindicais, especialistas e trabalhadores de diversos setores. O evento enfatizou a necessidade de diminuir a carga horária semanal sem redução de salários, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da classe trabalhadora e combater a exploração excessiva do trabalho.

Matheus Piccini/CUT-RSMatheus Piccini/CUT-RS 

Amarildo Cenci, presidente da CUT-RS, destacou que a luta pela redução da jornada está diretamente relacionada à dignidade e à saúde dos trabalhadores. “Estamos falando de reduzir a exploração, melhorar as condições de vida e transformar o trabalho em uma fonte de felicidade, não de sofrimento. Essa é uma luta que unifica toda a classe trabalhadora”, afirmou. Ele também criticou as flexibilizações impostas pela reforma trabalhista, como o banco de horas e o trabalho intermitente, que agravam as condições de trabalho no país.

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A pesquisadora do Dieese, Lúcia Garcia, destacou que a luta pela redução da jornada está na raiz do movimento sindical. Segundo ela, “a produção cresceu à custa do talento e dedicação dos trabalhadores, mas a riqueza gerada não chega à mesa da classe trabalhadora”. Lúcia enfatizou que a redução da jornada é essencial para melhorar a qualidade de vida, gerar novos empregos e distribuir renda de maneira mais justa. “Quando trabalharmos menos, teremos mais saúde, sanidade e qualidade de vida, além de abrir espaço para a juventude ingressar no mercado de trabalho de forma mais qualificada”, disse.

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Representando a Federação dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (FEESSERS), Milton Kempfer alertou para os impactos negativos das longas jornadas sobre a saúde dos trabalhadores, especialmente no setor da saúde. “As jornadas exaustivas, como as de 12 horas, têm causado adoecimento. Precisamos mobilizar para mudar essa realidade e mostrar que, com os avanços tecnológicos, é possível reduzir a jornada sem prejuízos à produtividade”, declarou.

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Já o presidente da FTM-RS, Lírio Segalla, ressaltou que a luta pela redução da jornada é histórica e ganhou ainda mais relevância nos últimos tempos. Ele compartilhou que o setor metalúrgico já vem debatendo o tema e que a próxima campanha salarial incluirá a redução da jornada como uma de suas cláusulas. “Precisamos aproveitar que esse tema está em pauta para organizar os trabalhadores em torno dessa luta tão importante”, afirmou.

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O seminário foi um marco na articulação de ações em defesa da redução da jornada de trabalho, reunindo argumentos sólidos e unindo trabalhadores de diversas áreas em torno de uma pauta comum. A iniciativa reforça o compromisso da CUT-RS em promover condições mais justas e dignas para todos os trabalhadores.

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