Trabalhadores exigem segurança e melhores condições de trabalho na empresa Dalleaço
Publicado: 26 Novembro, 2024 - 13h20 | Última modificação: 26 Novembro, 2024 - 13h24
Escrito por: STIMMMESL | Editado por: CUT-RS
O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) realizou um ato em frente à Dalleaço, na manhã desta terça-feira (22). O objetivo era protestar contra a morte trágica do metalúrgico Carlos Backaus, ocorrida na segunda-feira (18), e exigir melhores condições de trabalho.
Para o presidente do STIMMMESL, Valmir Lodi, é inadmissível que as pessoas percam suas vidas no local de trabalho. “Exigimos que os trabalhadores tenham mais segurança para exercer suas atividades, pois estão todos inseguros e insatisfeitos com a política de segurança da empresa”, afirmou.
O dirigente falou da repercussão nacional deste grave acidente e enfatizou o papel fundamental da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA) e o quanto os cipeiros precisam ser atuantes na fiscalização da empresa, para que cumpra todas as normas de segurança.
A empresa Dalleaço é conhecida, justamente, pelo alto número de acidentes do trabalho. Há, inclusive, casos de amputação dos membros inferiores de trabalhadores. “É muito triste estarmos aqui hoje. É terrível perder um familiar num acidente de trabalho, isso marca a gente, pois é por algo que poderia ter sido evitado,” salientou.
Valmir relatou também como foi a reunião com a direção da empresa e garantiu que o Sindicato está juntos com os trabalhadores e os familiares na apuração do caso. O setor onde ocorreu a tragédia está interditado e o restante da fábrica voltou às atividades hoje.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita (STIMMMEC), Flávio de Souza, participou do ato, prestando solidariedade à categoria. Ele destacou que infelizmente já presenciou muitos acidentes durante a sua vida como dirigente sindical. “Quando assinamos o nosso contrato de trabalho devemos sair da empresa, após a jornada de trabalho, da mesma forma que iniciamos, com saúde e não machucado ou morto como aconteceu com o companheiro da Dalleaço.”
A família de Carlos Backaus também estava presente na atividade. Foi realizado um minuto de silêncio em homenagem ao metalúrgico.