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Trabalhadores paralisam emergência no HPS de Canoas para exigir salários e direitos

Publicado: 16 Maio, 2025 - 13h59 | Última modificação: 16 Maio, 2025 - 14h01

Escrito por: Sul 21 | Editado por: CUT-RS

SindiSaúde
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Trabalhadores do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) paralisaram na manhã desta sexta-feira (16) o atendimento na emergência da instituição em protesto contra atrasos recorrente nos pagamento dos salários e dos direitos trabalhistas. A categoria também reclama da falta de pessoal para atender a demanda de pacientes. Apenas casos graves estavam sendo atendidos.

Gerido pela mantenedora Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS), o HPSC vem enfrentando uma grave crise, agravada pela enchente de maio do ano passado, quando o hospital foi alagado. Em março deste ano, a emergência chegou a ser ameaçada de fechamento pela falta de médicos.

Os trabalhadores apontam que a paralisação desta sexta é motivada pelo atraso salarial, falta de passagens, congelamento das férias, não pagamento do piso da enfermagem nos últimos dois meses, da multa do décimo terceiro e atraso nas rescisões. Além disso, apontam a falta de funcionários. Nesta manhã, apenas dois técnicos de enfermagem estavam trabalhando para atender um setor com 40 pacientes e, na UTI, apenas dois técnicos atendiam nove pacientes.

“Entra ano, sai ano, entra gestão, sai gestão, e os problemas em Canoas continuam iguais. Sempre fruto de administrações que não se preocupam com quem garante a saúde pro povo canoense, que são os trabalhadores da saúde. Por isso chegamos a esse ponto”, diz Arlindo Ritter, diretor do SindiSaúde, sindicato que representa trabalhadores da instituição.

De acordo com o sindicato, os atrasos no pagamento de salários são recorrentes, “mês sim, mês não”, e nunca são acompanhados do pagamento das multas previstas.

Recém-empossado no cargo, o secretário de Saúde de Canoas, Marcelo dos Reis, foi ao HPSC conversar com os trabalhadores e informou que, nesta manhã, assinou a liberação de R$ 500 mil para o pagamento das duas parcelas atrasadas do piso da enfermagem, que devem ser pagas ainda hoje à categoria.

Reis também prometeu que, a partir de agora, a secretaria irá ser transparente sobre a situação do hospital e que cobrará da mantenedora a solução dos problemas.