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Viva o SUS: 35 anos de resistência e atendimento de qualidade

Publicado: 19 Setembro, 2025 - 14h19 | Última modificação: 19 Setembro, 2025 - 15h38

Escrito por: CUT-RS

Reprodução/Ministério da Saúde
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O Sistema Único de Saúde (SUS) completa, nesta sexta-feira (19), 35 anos de história. Fruto da mobilização popular e do movimento histórico da 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, o SUS foi consagrado na Constituição de 1988, que estabeleceu a saúde como um direito de todas e todos e um dever do Estado. Em 1990, a Lei nº 8.080 regulamentou a organização do sistema em todo o território nacional.

Desde então, o SUS se consolidou como o maior sistema público, gratuito e universal de saúde do mundo, sendo referência no atendimento integral, na promoção da equidade e na redução das desigualdades sociais.

Do privilégio ao direito universal

Antes da criação do SUS, apenas trabalhadores formais vinculados à Previdência Social tinham atendimento garantido nos hospitais públicos - cerca de 30 milhões de pessoas. O restante da população dependia de serviços de caridade, atendimentos filantrópicos ou do pagamento direto por consultas e procedimentos.

Hoje, toda a população brasileira tem direito a atendimento. Dados do Ministério da Saúde apontam que 76% dos brasileiros dependem diretamente do SUS, o que representa cerca de 213 milhões de pessoas. Anualmente, o sistema realiza aproximadamente 2,8 bilhões de atendimentos em todo o país, contando com 3,5 milhões de profissionais em atuação.

Estratégia Saúde da Família

Um marco importante da consolidação do SUS foi a criação da Estratégia Saúde da Família (eSF), em 1994. O modelo inovador da Atenção Primária à Saúde (APS) coloca o cuidado no centro das necessidades da pessoa, da família e do território, ampliando o acesso e a eficácia do sistema.

SUS na pandemia: vida em primeiro lugar

O SUS também demonstrou sua força durante a pandemia de Covid-19. Em meio ao descaso e à falta de coordenação nacional, a rede pública de saúde garantiu o atendimento hospitalar evitando que o número de mortes no país fosse ainda maior. 

“Graças ao SUS, milhares de vidas foram salvas, mesmo diante de um cenário tão adverso. O sistema mostrou sua importância estratégica e reafirmou que saúde não pode ser tratada como mercadoria”, destacou o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

Vacinação: referência mundial

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), parte fundamental do SUS, é o maior programa público de vacinação da América Latina. Atualmente, oferece 48 imunobiológicos, sendo 31 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas.

Entre seus resultados históricos estão a erradicação da poliomielite, em 1994, a recertificação do Brasil como país livre do sarampo pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a pioneira oferta da vacina contra a dengue.

Presença em todo o território

As equipes do SUS estão presentes em todas as regiões do país, atuando em Unidades Básicas de Saúde (UBS), áreas rurais e ribeirinhas, consultórios na rua e territórios indígenas. O sistema garante ações de promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento, assegurando que saúde de qualidade seja um direito e não um privilégio.

Viva o SUS!

Com 35 anos de trajetória, o SUS segue como um patrimônio do povo brasileiro, referência mundial e uma conquista que precisa ser defendida e ampliada. Para a CUT-RS, o fortalecimento do sistema é fundamental para a vida da classe trabalhadora e para a garantia da saúde como um direito universal.

“Alguns países muito ricos não chegam perto do que o Brasil tem. É motivo de orgulho para nós termos o SUS. Por isso, dizemos sempre: viva o SUS, e que ele seja cada vez mais fortalecido”, reforçou Amarildo Cenci.

Viva o SUS! Patrimônio da classe trabalhadora e do povo brasileiro.

Com informações do Governo Federal